Fanfic


                     Prefacio

A noite estava mais fria do que o comum, a neve branca cobria tudo lá fora.
Minha mãe estava sentada na sala com um livro tomado em suas mãos, estávamos somente eu e ela até que algo chamou minha atenção.
Caminhei até a sacada quando me debati de frente com algo sólido e gélido.
Um homem alto e robusto me olhava com intensidade, seus olhos eram rubros e sedentos de uma vontade vivida.
Seu queixo era quadrado e um parecido pequeno corte em si.
Eu me achara branca comparada às demais pessoas, porém ele era mais.
Sua palidez ficará mais presente com a fraca luz da lua no qual o fazia mais lindo do que era.
Tal beleza eu jamais havia visto em meus 4 anos.
_ Olá. - A voz Jovial, era educada demais para algum ser humano desta década.
Minha garganta estava seca demais para eu conseguir dizer algo então apenas acenei com a cabeça.
Ele se curvou sobre mim, seus dentes a mostra eram brancos e ameaçadores. Eu já tinha visto varias coisas como esta, mas apenas em livros, filmes.
Enfim recuperei minha voz e consegui dizer - Vampiro



                      1- Orfanato


Tudo em minha vida mudou após a morte da mamãe.
Papai havia falecido poucos dias antes e meu irmão se mudou quando mamãe também faleceu, e eu?
Fui mandada para um orfanato onde estou até hoje.
_ Sophia, minha pequena você está aí?
_ Ah Olá professora Stely. Estou sim , aqui no fundo . - Stely era a diretora e professora de ciências do abrigo.
- Soso, minha pequena você foi adotada. Não é uma maravilha? – Ley como eu a chamava me abraçou apertado, até me sufocando.
_ Hey Ley, poxa eu não estou feliz e se eles não gostarem de mim? E se eu não me acostumar a eles?
 Certamente mamãe não mentia quando dizia que eu sempre seria uma criança indefesa e cheia de medos enquanto eu vivesse.
Naquele momento as lagrimas escorriam por meu rosto, deixando meus olhos embaçados, me encolhi dentro do Closet eu que eu estava abraçando minhas pernas junto a meu peito.
 - Sophia meu anjo você é adorável é claro que iram te amar. Não tenha medo de ser amada... Sabe , quando lhe conhece te amei desde que lhe vi , ali do meu lado com medo precisando de um colo como agora. E por fim decide que acharia uma família o mais rápido possível pra você pequena e graças a meu senhor eu consegui, então não fuja. Se quiseres todo final de semana posso lhe visitar. Hum, o que acha?
 Eu a olhava nos olhos procurando algum se sinal de que ela estava mentindo porem nada tinha ali a não ser sinceridade e um amor no qual ela me dera desde que eu fui entregue aos seus braços. – Tudo bem Ley e obrigada. Eu te amo muito e jamais vou te esquecer. – minha voz era melodiosa e um pouco enjoativa pelo menos foi o que eu sempre achei.
- Eu também te amo muito minha Soso e sempre que quiser peça aos senhores Diwalli para lhe trazer aqui, uma visita não seria má idéia e tenho certeza que eles não negaram isto a você.
Finalmente uma enorme alegria me tomou, agora eu teria novamente uma família no qual me protegeriam e me amariam sobre tudo.
Stely havia me deixado sozinha para ir conversar com meus futuros pais
E uma ordem ficará com a partida dela
“_ Arrume tudo Sophia, eles querem lhe levar ainda hoje.” – Imitei sua voz comigo mesma e sorri.

  Minhas coisas não eram muitas, apenas algumas mudas de roupas e dois vestidos que ganhará da Alexia, minha querida e adorável cunhada. Ele meu irmão Dimitry me visitava a cada 5 meses e sua mulher vinha junto (...)
Uma vez lhe perguntei por que eles não me levavam embora dali então Dimi, chorou e fugiu de mim desde então eu não lhe vi mais. Isto já faz um ano.
Meus olhos já estavam molhados, me virei concentrada nas roupas que guardava dentro da mala.
Sentiria saudade das visitas rápidas  e mas queridas de Dimi e de Alex.

Caminhei por todo o corredor calada me lembrando de cada momento em que passei ali, a sala da diretoria era a ultima do corredor.
A porta enorme de madeira velha era toda desenhada nas formas de um belo S, conseqüentemente de Stely.
 “Toc, toc –” Senhorita Stely, sou eu Sophia.
_ Ah entre minha querida.
Então a porta se abriu e eu entrei. Haviam três pessoas paradas ao fundo da sala de Ley.
_ Está, meus senhores é Sophia Luk David. A pequenina que vocês escolheram para adoção. – Ley sorria educadamente para a mulher, e os dois homens.
 - Ótimo, meu amor pode então toma-la em teus braços – A voz do homem era muito doce, educado parecendo sinos cantarolando ritmados.
Ah mulher se aproximou, me permitindo ver teu rosto. Pálida como meu anjo negro...  Aquele no qual matará minha mãe.
Meu corpo gelou e meu coração acelerou, não negaria ela era incrivelmente linda, pálida, porém seus olhos não eram rubros como os do anjo e sim num azul turquesa profundo. Seu vestido era de um vermelho cintilante que moldava suas curvas as deixando a mostra.
_ Olá meu bebê. – Sua voz também era uma melodia para meus ouvidos. Seus braços estavam abertos para mim e eu a olhava nos olhos.
_Oi senhorita. – Me aproximei deixando seus braços se fecharem em minha volta. Eu não demonstraria o meu medo, se estavam ali e por que não eram como o anjo daquela noite. Porém mesmo pensando assim meu corpo estremeceu e ela pareceu sentir me soltando e apenas segurando minha mão.
Fique sentado com a mulher até Ley terminar os papeis com meu “pai e meu irmão”.
_ Foi ótimo fazer negocio com você Srª. Stely. Obrigada mais uma vez – O homem, mas velho, o que se dizia ser meu pai agora apertou a mão da Ley e sorriu acenando com a cabeça para a mulher.
-Ley, Ley – pulei em seus braços a abraçando pela ultima vez – Eu te amo minha Ley. -Ela me abraçou apertado também e senti suas lagrimas escorrerem.
- Também te amo minha Soso. Ate mais, e se comporte... Eles também te amam minha pequena. – Ela sorriu me entregando para a mulher. Eu mudei agora abraçando a mulher no lugar de Ley.

Eu estava exausta passará o dia todo na aula. E agora pelo que vi enfrentaria uma longa viagem.
O abrigo era no Canadá era bem afastado da cidade. Era um lugar deserto, pois era considerado muito barulhento por causa das crianças.
E agora pelo pouco que ouvi eu me mudaria para Londres.
  E em menos de um dia estávamos em Londres.
As noites eram gélidas como na maioria da Europa toda.

O Bmw preto reluzente refletia meu reflexo contra a luz da lua, eu só podia rir daquilo, o quanto éramos diferentes... A beleza deles era inexistente pareciam anjos.

 Os anos foram passando e eu me acostumei com minha nova casa, grande os pisos de uma madeira escura e vários quadros medievais por toda a casa...
A cozinha quase não usávamos e a piscina nem se fala, acho que eu era a única a qual fazia uso da mesma .




               2 – Mudanças 

Sophia,
Sempre em meus sonhos Dimi meu irmão me chamava... A voz doce e triste ao mesmo tempo demonstrava a distancia que estávamos.
- Mamãe? – o Jeans azul marinho era praticamente um uniforme, minha blusa era na cor de um azul bebê.
_ Aqui filha, estou no escritório. – a voz de sino era inconfundível, eu me sentia bem quando ela estava perto de mim.
Atravessei o enorme corredor, correndo e me choquei com Sebastian ao mesmo tempo ele me segurou pelo braço como um bebê.
Meus olhos acompanharam suas feições pálidas: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios agora retorcidos num sorriso, a linha reta do nariz, o mármore macio da testa parcialmente oculta por uma mecha de cabelo bronze escuro.
 _ Dês... Desculpe – exigi de mim mesma esta falava entrecortes. Ele sempre me deixava boba, talvez um brinquedo.
_ Não me importo, você não faz efeito em mim, mas não posso dizer o mesmo de você. – Ele olhava a marca em meus pulsos, seus dedos ali estavam.
- Ham, não tudo bem a culpa foi minha. – eu mordia meu lábio inferior um pouco com força demais. – Por favor, er me da licença?
_ Claro... - ele ainda sorria me deixando mais tonta do que eu já estava. - Sophia?
Eu apenas girei meu corpo para poder vê-lo. – Sim.
_ Você está com quantos anos? Ah responda se quiser... E apenas uma curiosidade minha.
O olhei alarmada, mas respondi um tanto fria mais que o necessário – Dezessete.
_ Ah, obrigada – Seus olhos estavam um tanto fundos e escuros sinal de que ele estava com sede .
- Sebastian, acho que você deveria ir caçar seus olhos, bom estão um tanto escuro. – Eu sorri tentando ser educada, eu não queria que ele pensasse que eu o odiava pelo contrario de uma forma indiferente eu o amava demais.
_ Claro é o que eu pretendia fazer até que uma senhorita despercebida se jogou contra mim. – Ele riu me fitando. Fiquei um tanto envergonhada eu não tinha me jogado apenas não o vi, mas também sorri.
_ Certo, mais isto que dá sumir e desaparecer a hora que quiser – me aproximei inspirando o perfume que saia de sua pele, parecia com rosas seu cheiro era divino.
Seu rosto assumiu uma mascará amarga e triste – Eu tenho que caçar, me perdoe, mas não posso ficar. - Segurei seu braço tentando o impedir. – por favor, não vá.
Ele me fitava um tanto frio demais, sua face agora não era do Sebastian que eu adorava e sim de um vampiro. Era um tanto ameaçador demais.
- Não, eu tenho que ir. – Então ele sumiu na escuridão da casa.
Encolhi-me ali mesmo no corredor, meu peito parecia estar sendo arrebentada com uma enorme estaca eu o amava e ele não me suportava. Em vários anos ele me pegou quando criança uma única vez quando chorei por um terrível pesadelo e agora.
_ Sophia, meu amor o que houve? – levantei minha cabeça sem animo nenhum as lagrimas desciam por meu rosto.
_ Eu, eu preciso de Dimitry. Mãe eu sinto tanta falta dele. – a única coisa que me veio à cabeça fora ele, eu não podia assumir a ela que eu estava apaixonada por meu irmão adotivo.
Ela se sentou ao meu lado e me puxou para seu colo, acariciava meu rosto sua mão era gelada, mas era confortável.

Olhei ao relógio e marcava 20h00min, Sebastian chegou silencioso tinha entrado pela porta da frente normalmente.
_ Olá – sua voz era rude.
O Olhei com intensidade e em seguida fechei os olhos silenciosos e me levantei  caminhei rumo à escada que dava acesso aos quartos. Senti os olhos dele em minhas costas, mas não me virei até que ele me surpreendeu me puxando ficando a centímetro de meu rosto.
_ Venha comigo, precisamos conversar – seu hálito doce e frio me invadiu fazendo-me gritar por dentro.
ele tomou a frente me guiando . Fomos para o ultimo quarto aonde tinha uma enorme janela parei quando o vi se aproximar da janela.
_ Não acha que pular a janela seria um tanto extravagante demais pelo menos para mim?
Ele riu sombriamente. – Acha que eu deixaria você pular de uma janela? – sua pergunta era seria e eu olhava o chão.
_ Talvez...
_ Sinceramente, não acredito que pense isso de mim. – Por fim ele me puxou para seu colo. Seus lábios a centímetro dos meus eu o olhava alarmada.
Ele pulou da janela comigo em seus braços, parecia que eu havia levado choques até sentir o pequeno impacto que se deu o pulo. Ele riu, eu devia estar mais branca do que o comum. Ele me colocou ao chão e segurou minha mão me levando para o meio do bosque perto da nossa casa.
Enfim ele chegou aonde queria parou e me indicou um banco, eu me aproximei sentando no mesmo e o olhando, eu estava esperando o que estava por vim.
_ Acho que temos que nos entender... – ele começou, mas parou me olhando, seus olhos estavam claros o azul que eu adorava. – Sophia, eu não sei como lhe dizer isto, mas não a vejo como uma irmã.
Sua voz era nervosa e suas mãos um tanto ansiosa. – Não se culpe, isso é normal , eu sinceramente te entendo – Eu abaixei meu olhar , não queria fita-lo ou choraria ali em sua frente .
Ele de repente se agachou em minha frente segurando meu rosto me forçando a olhá-lo .- Eu não acredito que ache que eu não a amo , Sophia eu pensei que jamais me apaixonaria mas vejo que me enganei . Eu te amo Sophia e é isso o que deixa angustiado, eu não posso querer você. Alyssa sua mãe lhe ama tanto que não sabe mais se ira te transformar.
Meu coração pulsava como um trem, meus lábios estavam retorcidos numa linha reta.
_ E claro que não quero te forçar a nada, mais acho que você tem o direito de saber o motivo no qual me afasto de você. - Retornou Sebastian numa voz baixa _ E melhor eu te levar embora, a mãe e o pai devem estar preocupados com você.
Eu o silencie com o dedo, me aproximei de seu rosto tocando meus lábios aos seus. Minhas mãos tremiam, e eu estava soando frio. Ele me amava, assim como eu o amava.
Ele se aproximou agora correspondendo ao meu beijo, uma de suas mãos estavam em minha cintura e a outra passava em minhas costas. Seus lábios eram macios, deliciosos por serem doce e frio ao mesmo tempo.
Eu nunca havia sentindo tais sensações antes.
Ele me afastou rapidamente se levantando ficou de costas pra mim até que uma voz o chamou. – Sebastian venha até aqui, sozinho a garota fica.
Ele me olhou um pouco atordoado, beijou minha testa e se afastou sumindo nas sobras da noite. Eu esperei calmamente ele não demorou muito .
_ Temos que ir. – Ele me puxou pela mão sua raiva transparecendo em seu rosto de mármore.